(UNICAMP 2025) “Vou ao espelho tentar descobrir o que há de errado em mim. Vejo olheiras negras no meu rosto, meu Deus, grandes olheiras!
Questões de Linguagens na Unicamp 2025
43. (UNICAMP 2025) “Vou ao espelho tentar descobrir o que há de errado em mim. Vejo olheiras negras no meu rosto, meu Deus, grandes olheiras! Tendo andado a chorar muito por estes dias, choro até de mais”.
(CHIZIANE, Paulina. Niketche. Uma história de Poligamia. São Paulo: Companhia das Letras [Companhia de Bolso], p. 14, 2021.)
“Lembro-me ainda do temor de minha mãe nos dias de fortes chuvas. Em cima da cama (...) ela nos protegia com seu abraço (...). Nesses momentos os olhos de minha mãe se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então, por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?”
(EVARISTO, Conceição. Olhos D’água. Rio de Janeiro: Pallas; Fundação Biblioteca Nacional, p. 17-18, 2016.)
A partir da leitura dos trechos e da compreensão do todo da narrativa, podemos afirmar que, comparativamente, os textos exprimem,
- pelo par “olheiras/abraço”, o medo feminino diante dos problemas econômicos e ecológicos do Sul Global.
- pelo par “espelho/águas”, o narcisismo feminino em um ambiente sociocultural altamente desigual.
- pela relação entre as águas e as lágrimas, a submissão feminina diante dos problemas econômicos e ecológicos do Sul Global.
- pela relação entre as águas e as lágrimas, o desamparo feminino em um ambiente sociocultural altamente desigual.
Resposta: D
Resolução: Ambos os textos exprimem, pela relação entre as águas e as lágrimas, o desamparo feminino em um ambiente sociocultural altamente desigual. As personagens femininas são mostradas em momentos de vulnerabilidade, refletindo o impacto das condições sociais e econômicas em suas vidas.